Transferência: no início, “uma falsa ligação”.
No ano de 1894, Freud escreve um importante artigo denominado “As Neuropsicoses de Defesa”13. O que há de fundamental nesse texto é a hipótese que ele lançará acerca da etiologia da histeria. Tal hipótese, o fará se distanciar de importantes pensadores acerca da histeria em sua época. Está-se fazendo menção aqui à Pierre Janet e o próprio Joseph Breuer. Podemos dizer com toda certeza que, se por um lado, o artigo em questão deixa Freud solitário na sua tentativa de entendimento e cura da histeria e , por outro lado, ele o coloca mais perto de fundar o campo pertinente à psicanálise.
No ano de 1894, Freud escreve um importante artigo denominado “As Neuropsicoses de Defesa”13. O que há de fundamental nesse texto é a hipótese que ele lançará acerca da etiologia da histeria. Tal hipótese, o fará se distanciar de importantes pensadores acerca da histeria em sua época. Está-se fazendo menção aqui à Pierre Janet e o próprio Joseph Breuer. Podemos dizer com toda certeza que, se por um lado, o artigo em questão deixa Freud solitário na sua tentativa de entendimento e cura da histeria e , por outro lado, ele o coloca mais perto de fundar o campo pertinente à psicanálise.
Se nos dermos ao trabalho de
acompanhar Freud em sua trajetória ao longo do artigo em questão, veremos que
ele parte de uma apresentação sucinta acerca das posições teóricas sobre a
histeria de até então. Veremos que,
tanto para Janet quanto para Breuer, a histeria será sempre um processo de
divisão da consciência onde se pode verificar a emergência de organizações
psíquicas diferenciadas e independentes
uma da outra. Se para Janet, o que se dá
é um processo de deficiência inata, onde o histérico é incapaz , por conta de
sua própria constituição, de realizar
uma síntese do psiquismo, tratando-se portanto de uma hipótese degenerativa,
para Breuer, como já tivemos a oportunidade de acompanhar, o problema se
verificaria por conta do que ele chamou de “estados hipnóides”. Nessa perspectiva, Breuer não pensa a divisão
da consciência como degenerativa e inata, mas sim como secundária e adquirida,
ocorrendo por conta da relação de independência que os “estados hipnóides”
mantêm com o resto da consciência.
Freud trará uma novidade. Podemos dizer que essa novidade é decisiva e
impõe obrigatoriamente uma concepção dinâmica e econômica do processo histérico completamente distintas das
propostas por Janet e Breuer. Freud
propõe, em oposição à ideia de “histeria hipnóide”, a ideia de “histeria de
defesa”. A novidade fica por conta de
todas as implicações teóricas trazidas e articuladas pela noção de defesa.
Ao propor a “histeria de defesa”,
Freud trabalha com a hipótese de que o histérico seria assaltado por
determinadas representações que se mostrariam incompatíveis com o modelo de sua
vida representativa. O que ocorreria é
que, nessas situações, o eu do sujeito se veria diante de determinadas
experiências, determinados afetos que trariam em si a qualidade de serem
aflitivos, penosos e indesejáveis. O que
ocorre a partir de então, é um processo pelo qual o eu é levado a esquecer tais
experiências aflitivas devido a sua incapacidade de suportá-las através do
pensamento comum de sua consciência vigente.
O processo pelo qual o eu se esquiva das representações penosas é
denominado por Freud de defesa.
Em que consistiria em termos
econômicos e dinâmicos esse processo de defesa?
Freud explica que o que se passa é que “o eu transforma essa representação poderosa numa representação fraca,
retirando-lhe o afeto - a soma de excitação- do qual está carregada”14.(56)
Esse processo, bem entendido , faz com que a representação fraca não opere mais
enquanto exigência ao psiquismo, tornando-o livre do peso aflitivo que ela
impunha ao eu anteriormente. No entanto,
a quota de afeto antes vinculada à representação penosa acabará por vincular-se
a outras representações. É o destino dessa quota de afeto que definirá o tipo
de neurose em questão.
Se a defesa é de cunho histérico, o que se dá é que essa quota de afeto
liberada é transformada em inervações de ordem somática. Eis aí a explicação para os sintomas
histéricos. Trata-se sempre de conversões do afeto, antes ligado a
representações aflitivas, em sintomas que terão como representação, os órgãos
do próprio corpo. Nesse ponto, Freud vai
além de Janet e Breuer, dizendo que na histeria, o que impera é a capacidade
para a conversão suscitada a partir de um conflito entre o que é insuportável para o eu e o
que lhe é psiquicamente compatível.
A partir da noção de defesa, a
neurose obsessiva também ganha seu entendimento. Quando o sujeito se vê diante de
representações insuportáveis e quando a capacidade para a conversão inexiste, o
eu se defende também enfraquecendo tais representações penosas, retirando-lhes
a quota de afeto. O que marca a escolha
obsessiva é o fato de que o afeto não é convertido somaticamente mas sim
deslocado de representação em representação, ficando sempre restrito à ordem
psíquica. As representações que o afeto
deslocado investe, tornam-se, por esse processo, representações obsessivas.
Mas a importante questão a se fazer
, nesse ponto, é a seguinte: o que é preciso para que um grupo determinado de
representações seja de caráter aflitivo para o eu? Ou de outra maneira, é possível indagar :
para que haja defesa no sentido neurótico, basta que o eu se sinta
ameaçado? O que Freud vai responder é
que a defesa neurótica incide sempre, em última instância, sobre representações
que sejam de cunho sexual. A defesa é
sempre uma defesa contra a ameaça do sexual.
Vejamos o que diz Freud a esse respeito quando analisa a defesa obsessiva:
“Em
todos os casos que analisei, era a vida sexual do sujeito que havia despertado
um afeto aflitivo, precisamente da mesma natureza do ligado à sua
obsessão. Teoricamente não é impossível
que esse afeto possa às vezes emergir em outras áreas; resta-me apenas relatar
que, até o momento, não deparei com nenhuma outra origem. Ademais é fácil verificar que é precisamente
a vida sexual que traz em si as mais numerosas oportunidades para o surgimento
de representações incompatíveis”15.
Com isso temos que a idéia de defesa
é o que sustenta a divisão da consciência e é a verdadeira responsável pelas
formações sintomáticas tanto histéricas quanto obsessivas. O sujeito torna-se neurótico porque não suporta
sua própria exigência sexual. Toda a
idéia sustentada por Freud é a de que a neurose é uma espécie de
substituta da vida sexual incompatível,
ocupando o sujeito e livrando-o do duro fardo de ter que decidir sobre
conflitos e exigências da ordem do sexual16.
A descoberta da noção de defesa e
por conseguinte a constatação da estreita relação entre neurose e sexualidade
levaram , como já dissemos, Freud a distanciar-se de Janet e principalmente de
Breuer. Mesmo nos “Estudos sobre a
histeria”17, escritos em conjunto com Breuer, no ano de 1895, Freud
já mostra-se afastado dos próprios caminhos terapêuticos trilhados originalmente
por Breuer. No capítulo IV deste livro,
intitulado “A psicoterapia da histeria” ele anuncia um novo método de
tratamento e investigação das neuroses .
Essa superação se deu não só por dificuldades técnicas encontradas por
Freud no manejo do método de Breuer, mas também pelas motivações teóricas acima
demonstradas(a relação entre defesa, conflito e sexualidade) que lhe
impunham uma concepção dos sintomas
neuróticos, e , por conseguinte, do psiquismo, totalmente novas.
No que diz respeito mais especificamente
à técnica, o que se impunha a Freud como dificuldade era, em primeiro lugar, o
fato de que nem todos os pacientes eram hipnotizáveis. Por mais que fossem histéricos, muitos não se submetiam à hipnose. No entanto, Freud ainda precisava da hipnose
para obter o que chamava de “ampliamento da consciência” a fim de chegar às
lembranças patogênicas esquecidas. Era
necessário, portanto, que ele procurasse obter tal ampliação, mesmo que fosse
através de outros recursos que não se
utilizassem da hipnose.
O recurso que Freud passa a lançar
mão é o da concentração. Através de uma
provocação insistente, a saber, a de que o paciente certamente se lembraria do
material demandado, Freud passava a insistir com que o paciente fizesse um
esforço e superasse as dificuldades que o deixavam alienado da lembrança
patogênica. Com o pedido de que se
deitassem e fechassem os olhos
concentrando-se, Freud passou a ter bons resultados à revelia do método
catártico de Breuer. Criava-se assim, um novo método, que ao invés de lançar
mão da hipnose, buscava chegar até o material patológico através de um processo
de investigação psíquica onde o paciente era levado a associar sempre em busca
de conexões relacionadas a seu sintoma. Diz ele:
“Verifiquei
então que, sem nenhuma hipnose, surgiam novas lembranças que recuavam ainda
mais no passado e que provavelmente se relacionavam com o nosso tema. Experiências como essas fizeram-me pensar que
seria de fato possível trazer à luz, por mera insistência, os grupos
patogênicos de representações que, afinal de contas, por certo estariam
presentes.”18(264)
De imediato uma nova tarefa fez-se
presente na operação empreendida por Freud.
O terapeuta , ao insistir em trazer à tona material psíquico desejado,
encontrava contra a direção do seu trabalho, a imposição de forças psíquicas
que resistiam ao apagamento da amnésia neurótica. Freud se dava conta de que era preciso que o
médico empreendesse todo um esforço no sentido de superar as resistências que
eram erguidas contra suas expectativas.
Ora, conclui Freud: se existem
resistências que se opõe ao preenchimento das lacunas de amnésia, essas devem
ser movidas pelas mesmas forças que outrora desempenharam um papel fundamental
na formação do sintoma histérico e que impediu que a representação patológica
tivesse tido acesso à consciência.
Trata-se do nascimento do conceito
de resistência. A resistência se faz
presente lá onde algo precisou operar enquanto recalcamento(defesa). Ela denuncia a existência de uma impossibilidade
de o sujeito ter acesso a certas representações específicas.
No que diz respeito ao plano
teórico, é preciso afirmar que o conceito de resistência nasce intimamente
relacionado com a noção de defesa e recalque.
Já vimos como Freud constrói a noção de defesa a partir da ideia de que
o eu não suporta certas representações de cunho
aflitivo. Vimos também que estas
representações são sempre de cunho sexual .
Nos “Estudos...”, Freud diz que a defesa faz com que a representação
insuportável seja expelida da consciência através do recalcamento.19 No entanto, o fato dessas representações se
encontrarem fora da consciência não implica que elas tenham deixado de
existir. Vimos no artigo sobre “As
neuropsicoses de defesa” que tais representações se desprendem de seus
afetos e passam a ficar sem importância
para a consciência. O que sustenta o argumento de Freud de que seu método de
investigação é eficaz é justamente a hipótese de que é possível, através de um
trabalho de associação, trazer à tona o material esquecido(enfraquecido) e
reintegrá-lo a vida psíquica do sujeito.
Tudo o que é preciso para isso, é fazer com que a resistência à
lembrança seja vencida.
O trabalho terapêutico se vê assim
modificado. Para Freud, o problema da resistência ganhará importância
fundamental e a tarefa principal do médico passa a ser superá-la a cada
instante de sua aparição. É preciso
seguir o fio da meada que deve conduzir às causas do sintoma e a cada vez que a
narrativa do paciente emperrar, ou, a cada vez que seu discurso se mostrar
reticente ao avanço proposto pelo tratamento, o terapeuta deve assinalar o
momento de resistência e fazer com que o paciente se convença a abandonar sua
posição resistente.
A resistência se apresenta de várias
formas. Ela pode ser um “não querer
dizer”, um “não querer saber”, uma recusa à associação que pode ter como conseqüência até mesmo o
silêncio por parte do paciente. Quanto a
isso , comenta Freud: “A persistente
resistência do paciente é indicada pelo fato de que as ligações se interrompem,
as soluções não aparecem e as imagens são recordadas de forma indistinta e
incompleta.20”(274) É preciso fazer notar que a resistência é
para Freud, antes de mais nada, o lugar onde a fala do paciente não encontra
coerência. É precisamente quando lacunas se fazem presentes no discurso, quando
a lógica do pensamento consciente falha que Freud vai circunscrever algo
próprio à resistência.
É importante reconhecer que o texto
“A psicoterapia da histeria” é um trabalho eminentemente técnico. Como tal, a preocupação de Freud se verifica
em demonstrar o resultado de seus empreendimentos clínicos junto à histeria,
explicitando seu método terapêutico. Vimos que Freud , ao passar do método
catártico de Breuer para a criação de um método próprio , acabou por constituir
o conceito de resistência como
fundamental para definir a posição que ocupa o terapeuta em sua
prática: como tentamos demonstrar, ele
trabalha, principalmente, vencendo resistências. Com isso, o texto em questão , podemos
arriscar dizer, constitui-se quase que
como um tratado sobre a resistência. É em torno desse conceito que giram todas
as questões pertinentes ao trato da histeria
e é nessa medida que ele nos
interessa como material de estudo em nossa dissertação.
Nosso objeto de estudo nesse
capítulo é a transferência na primeira
tópica de Freud. Nesse texto, temos pela
primeira vez a emergência da palavra “transferência” dentro da obra freudiana:
ela aparece aqui como mais uma resistência que se impõe ao tratamento, um
empecilho que deve ser vencido e entendido da mesma maneira que os outros
sintomas. Nesse momento, nosso interesse
será acompanhar o pensamento de Freud, mostrando como ele concebe a
transferência , como ele a define e como ela se relaciona com a resistência
propriamente dita.
Ao fim do texto, após explicar
exaustivamente seu procedimento terapêutico e de insistir sobre a importância
fundamental que ganha a resistência na tentativa de cura das neuroses, Freud
anuncia três possibilidades de possíveis falhas no empreendimento de seu
método. São elas: a primeira , que não
necessariamente significaria uma falha mas sim um limite, diz respeito à
possibilidade de o material a ser elucidado ter-se esgotado. Nesse caso, não haveria mais nada a ser
lembrado. A segunda possibilidade diria
respeito ao surgimento de uma resistência que só poderia ser superada
posteriormente, devendo aguardar um momento de amadurecimento do tratamento. Finalmente, a terceira possibilidade mostra
que a relação médico-paciente surge como um obstáculo a ser enfrentado e
superado, na medida em que impediria, por determinadas circunstâncias, o
prosseguimento do tratamento . Diz
Freud: “Isso acontece quando a relação
entre o paciente e o médico é perturbada e constitui o pior obstáculo com que
podemos deparar. No entanto podemos
esperar encontrá-lo em qualquer análise relativamente séria”21.
Nesse ponto Freud marca com
veemência a necessidade de o médico desempenhar, através de sua figura, um
importante papel no processo de derrotar resistências. O médico deve ser
habilidoso e cauteloso ao mesmo tempo.
Lembra que as pacientes mulheres podem ter inibições em falar de suas
vidas sexuais e que caberia ao terapeuta uma atitude cordial para que o
trabalho pudesse seguir seu curso. No
entanto, a possibilidade da relação ser perturbada por desavenças entre médico
e paciente levam Freud a formular Três formas de presentificação do obstáculo
em questão:
A primeira, talvez a menos séria,
seja quando acontecer de ocorrerem desavenças pessoais. Queixas contra o médico
no sentido de acusá-lo de ser negligente com o próprio paciente, é um exemplo
citado por Freud. A solução, dirá Freud,
é uma boa conversa onde as coisas seriam revistas e as arestas devidamente
acertadas.
A segunda forma de obstáculo, é
quando o paciente se queixa do fato de estar se tornando dependente do
médico. Freud dirá que isso é uma
vicissitude própria ao tratamento e que a resistência se apresentará na forma de
novos sintomas que estejam em articulação com a queixa em questão.
A terceira forma de obstáculo,
finalmente, é a que nos interessa mais especificamente. Freud diz com todas as letras que o problema
se dá quando o paciente transfere seu complexo representativo, suas aflições
afetivas para a figura do médico. Ele
dirá que se trata de algo usual e frequente nas análises. “a
transferência para o médico se dá por meio de uma falsa ligação”22.
Essa “falsa ligação”, é fruto de um
deslizamento da representação recalcada que se vê obrigada a investir a figura
do médico a fim de receber existência na consciência. Trata-se da aparição de
um desejo que se presentifica, através do que Freud chama de “compulsão à
associar”, graças à existência de um médico que está afetivamente
envolvido na vida anímica da paciente e que por isso se presta a ser uma “mesalliance”, uma espécie de elo
equivocado no circuito desejante do paciente.
Para Freud, a transferência,
enquanto “falsa ligação” deve ser compreendida como um novo sintoma que “deve
ser tratado da mesma forma que os sintomas antigos”. A tarefa do terapeuta, dirá Freud, é “tornar o obstáculo consciente para o
paciente”23
A transferência se afirma aqui como
resistência ao tratamento . Como toda
resistência, nós pudemos acompanhar, seu destino é ser vencida e
desvendada. Caberá ao analista esclarecer
esse mal entendido e recuperar para o bojo do tratamento, as representações
adequadas, ou seja , aquelas que verdadeiramente se adequariam aos afetos em
questão.
Nesse sentido, podemos afirmar que a
primeira concepção que Freud formula em torno da transferência limita-se a
entendê-la enquanto um acontecimento indesejado, uma espécie de imprevisto que
obrigatoriamente estaria desviando o tratamento de seu bom caminho. Se o objetivo do médico era chegar às representações
patógenas, à uma espécie de núcleo causal do sintoma, a transferência aparece
como um “convidado” inoportuno , uma espécie de penetra de festa
que , ao roubar a cena, estaria certamente perturbando a busca do material
desejado. A transferência é uma espécie
de mal, dirá Freud, um mal que se revelará inexorável e ao terapeuta caberá a
função de o quanto antes estabelecer a correta direção das associações. O destino da transferência, aqui, como o de
toda a resistência, é o de ser extirpada tal como se fosse um “corpo estranho”.
Interessante observar que , como
tentamos mostrar, Freud está atento às questões que envolvem a relação
terapeuta-paciente. Como salientamos,
ele se preocupa em descrever algumas vicissitudes dessa relação como altamente
perigosas para o bom desenrolar da tarefa terapêutica. O que nos interessa dizer, é que , por mais
que estivesse cônscio acerca de muitos obstáculos que a relação poderia trazer
ao tratamento, Freud , no entanto, não entendia como pertinentes à transferência
o conjunto dessas relações. Não, para
Freud, a transferência nesse momento, restringia-se a ser tão somente a maneira
pela qual a representação da figura do médico, equivocadamente, assumia o lugar
de uma outra representação que não estaria sendo dita. Futuramente, nós veremos, o que era apenas
uma designação (transferência como falsa-ligação), tornou-se paulatinamente um
conceito fundamental dentro da obra freudiana.
É nosso interesse mostrar que a concepção acerca da transferência
tornou-se cada vez mais complexa, passando a possuir, de acordo com o
desenvolvimento do pensamento de Freud, uma série de “facetas” da qual a
resistência sempre foi uma delas.
Sigmund Freud |
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